Nathália Moura |
Bom dia! Hoje é um dia muito especial aqui no Mainhaholic, pois venho apresentar nossa Colaboradora, a Nutricionista linda e competente Nathália Moura.
Muito feliz com sua participação aqui no Blog Nathália, obrigada por dedicar um pouco do seu tempo para nós.
Aqui em casa estamos na fase de introdução dos sólidos e a primeira matéria dela aqui no blog não poderia ter uma assunto diferente, não é?
E nada melhor do que alguém que entende do assunto! Então, vamos lá, com a palavra... A Nutricionista!
Este
material foi elaborado para vocês, mamães, no intuito de auxiliá-las com
orientações sobre a promoção da alimentação saudável de seus bebês. Nesta fase,
são bastante comuns as dúvidas, dificuldades, receios e ansiedades das mães.
Segundo o Ministério da Saúde, recomenda-se
aleitamento materno exclusivo até o 6º mês, ou seja, sem oferecer água, chás ou
qualquer outro alimento. A partir daí, o organismo do bebê já está se
preparando para receber outros alimentos, os chamados alimentos
“complementares”. E se ainda esses são preparados exclusivamente para a
criança, são chamados “alimentos de transição”.
Lembrando que a alimentação
complementar, como próprio nome diz, deve complementar a oferta do leite
materno e não o substituir. Mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve
continuar a mamar no peito até os 2 anos ou mais. Pois o leite materno continua
alimentando a criança e protegendo-a contra doenças.
A introdução de alimentos
complementares para crianças amamentadas deve iniciar aos 6 meses, de forma
lenta e gradual, e ainda requer calma, paciência e determinação da mamãe. Já
aquelas crianças que não são mais amamentadas, e recebem fórmulas lácteas, a
recomendação geral é iniciar a introdução dos novos alimentos aos 4 meses,
porém muitos desses casos requerem atenção individualizada.
Apesar de o processo ser natural,
algumas crianças podem apresentar resistência, já outras se adaptam facilmente.
Entretanto a primeira recusa não significa rejeição. Devemos oferecer várias
vezes, buscando outras formas para ofertar o mesmo alimento.
Com a introdução dos alimentos de
transição, torna-se necessário que nos intervalos a criança receba água
(tratada, filtrada e fervida).
Para iniciar as ofertas, no caso das
crianças amamentadas, devemos oferecer papinhas três vezes ao dia (papa de
fruta, papa salgada e papa de fruta), pois contribuem com o fornecimento de
energia, proteína e micronutrientes, além de preparar a criança para a formação
dos hábitos alimentares saudáveis no futuro. Ao completar 7 meses deve ser
acrescentado ao esquema alimentar a 2ª papa salgada.
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Esquema para introdução dos alimentos complementares para crianças amamentadas
O esquema para crianças já desmamadas, em geral, deve ser diferencial:
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Esquema para introdução dos alimentos complementares para crianças desmamadas
A papa salgada deve conter um
alimento do grupo dos cereais ou tubérculos, um dos legumes e verduras, um do
grupo dos alimentos de origem animal (frango, boi, peixe, miúdos, ovo) e um das
leguminosas (feijão, soja, lentilha, grão de bico).
No início os alimentos oferecidos à
criança devem ser preparados especialmente para ela. Cozinhando apenas para
amaciá-los, devendo sobrar pouca água na panela. Depois de cozidos, amasse-os
com o garfo, deixando com aspecto pastoso (papa/purê). A utilização do liquidificador
e da peneira não é recomendada porque a criança está aprendendo a distinguir a consistência,
sabores e cores dos novos alimentos. Dessa forma devemos oferecer cada alimento
separadamente no prato. Além do que, os alimentos liquidificados não vão estimular
o ato da mastigação.
A partir dos 8 meses de idade a
criança já pode receber gradativamente os alimentos preparados para a família,
desde que sem temperos picantes, sem alimentos industrializados, com pouco sal
e oferecidos amassados, desfiados, triturados ou picados em pequenos pedaços.
Para finalizar, lembro ainda que o
bebê deve receber alimentos quando demonstrar fome. Todavia horários rígidos
para a oferta de alimentos prejudicam a capacidade da criança de distinguir a
sensação de fome e de estar satisfeito após a refeição. No entanto, é
importante que o intervalo entre as refeições seja regular (2 a 3 horas).
Atenção: Esta publicação tem caráter de orientação, não substituindo consulta
presencial com profissional. Nesta, a criança pode ser avaliada
individualmente, respeitando suas preferências e características particulares.
Referências:
Brasil.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação
complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009. 112 p. :
il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 23).
1 comentários:
Ótimas dicas!!
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