Ontem Henrique andou pela primeira vez 'sozinho', apoiado no sofá com um dos braços apenas! Eu fiquei "boquiaberta"! Eu não tenho fotos para registrar o momento, infelizmente, mas tenho tudo guardado na cabeça. Estou uma fase adepta do 'menos fotos, mais momentos': As vezes ficamos tão preocupadas em fotografar, que acabamos deixando de ver com os próprios olhos e vendo pelos 'olhos' da câmera! Principalmente, porque agora Henrique me vê, vê o celular e para de fazer o que estiver fazendo, caso eu coloque o celular entre nós dois!!
Hoje, ele estava fazendo a mesma coisa, já perto da hora de dormir, quando comecei a chamar minha mãe para ver. Assim que ela entrou na sala me virei pra trás e voltei a olhar pra Henrique, quando notei que ele começou a cair, mas foi tão tão tão rápido que (pela primeira vez) não consegui ter uma reação rápida o suficiente para evitar que ele caísse e batesse a cabeça na madeira lateral do sofá. Pra nossa sorte ele não bateu na quina, mas sim a testa na lateral.
Na mesma hora ele caiu num choro desesperador, de dar aflição em qualquer mãe. Tentei acalmá-lo, oferecer chupeta e dizia o tempo todo "doeu, tá doendo, mas eu estou aqui"... "vai passar, estou aqui"... Aprendi com a Encantadora de Bebês a não dizer "passou" se a dor ainda persiste e o bebê tem motivos (no caso, de sobra) para estar chorando.
Dei carinho e abracei muito, pedi desculpas e tentei não me desesperar, afinal, sempre soube que com os primeiros passos viriam as primeiras quedas, só não achei que seria tão rápido, nem que que seria a partir de uma desatenção minha.
Essa foi a pior parte, saber que uma desatenção causou tanta dor no meu filho - sentimento de culpa, comum a todas as mães que eu procuro sempre evitar, mas uma hora ele chega, com maior ou menor intensidade!
Na mesma hora, o galo já apareceu na testa, roxo todo!
Enorme pra uma testinha tão pequena!
O primeiro galo, já!
Perguntei a minha mãe se poderia colocar gelo e ela foi pegar. Enquanto eu acalmava Henrique, ela colocava o gelo, tirando e colocando novamente (não só pela agitação dele, mas para evitar que o gelo queime a pele).
Com o tempo ele foi se acalmando mais, mas se estressando mais com o gelo e tivemos que parar.
Eu consegui acalmá-lo com ajuda do bonequinho que ele elegeu pra naninha (falarei mais sobre ele em um post a frente).
Depois de ele bem calmo e se distraindo um pouco com as janelas e almofadas, levei ele pra rede onde o coloco pra dormir diariamente. Fiquei conversando e deixando ele abraçar a naninha. Ele finalmente dormiu. Aproveitei para ver novamente o galo, que apesar de grande já não está mais roxo, tem só um relevo redondo grande, que espero que esteja nada amanhã.
Uma hora depois que Henrique dormiu, passou a acordar chorando um bocadinho e resolvi dar um remédio pra dor. Agora ele dorme tranquilo e eu fico tentando repensar a cena e descobrir porque não consegui ter reação... Coisas que tem que acontecer... Acho que estava empolgada demais com a novidade de ele andar e na alegria, a reação ficou lenta: DISTRAÇÃO, num momento que eu não poderia ter, mas algo que ACONTECE.
De uma coisa o acidente serviu: já mudamos a posição do sofá, para impedir que a madeira fique junto dele e machuque Henrique novamente. Por mais que a gente leia e saiba normas de segurança, algumas coisas passam desapercebidas e devemos sempre repensar sobre elas quando o bebê passa a adquirir novas habilidades.
Sei que a culpa foi minha, mas não estou me sentindo tão "culpada"... há um pouco de dor por ver meu filhote sofrer, mas não há aquele julgamento inerente a culpa, sabe?! Repensar o fato me faz pensar em como evitar que aconteça novamente, não estou remoendo o momento.
Filhos não podem ser criados em bolha, superprotegidos de forma a impedir que eles cresçam, se desenvolvam e sejam crianças!
Infância envolve machucados, galos, joelho ralado!
CLARO, claro, que isso tá bem mais pra frente e que espero que por muito tempo esse tenha sido o único roxo que eu tenha visto na pele de Henrique (sonha não custa, né?!).
Mas o que eu quero dizer é que, infelizmente, uma hora nosso filho vai se machucar e temos que saber que simplesmente: isso acontece!
Independente de ser nossa culpa ou 'culpa' de outra pessoa, não adianta achar culpados ou remoer o fato, vale tirar como lição pra prevenir novos acidentes.
E, caso o acidente aconteça, importante é estar lá (sempre que possível), junto do bebê, dando amor e carinho. Se o bebê está inseguro, precisa estar com quem ele se sinta mais seguro, que é com a mãe. Nada é mais eficaz que amor de mãe!
Beijocas.