Antes de pensar em ter filhos, eu sempre ficava impressionada com mães que largam os filhos com as babás (usei o temo LARGAM para diferenciar das mães que deixam seus filhos com babá). Mas, também, sempre achei fundamental! A relação com babá é algo complicado? Eu sempre achei que sentiria ciúmes, mas precisaria controlar, afinal, com quem deixaria Henrique quando voltasse a trabalhar?
Uma coisa é você deixar alguém pegar seu filho sob sua supervisão, mesmo que discreta. Outra é você confiar seu filho, o que você tem de mais precioso, quem você mais ama, a alguém, quando você não estiver por perto. Você preevita encontrar a melhor pessoa do mundo! Mas ela não pode ser a melhor pessoa do Mundo para o meu filho, pois que lugar EU vou ocupar?!
Uma vez, numa clínica de exames, enquanto aguardava, vi uma mãe com dois filhos e uma babá. O menino, caçula, tentava beijar a mãe, que falou: "sai com essa babação". Ele, então, foi pra babá, para quem deu todos os beijos que a mãe não aceitou e disse 'eu te amo'. Choquei com a cena!! Fiquei os observando bestificada e pensando que aqui nunca seria assim (e não será mesmo). Talvez a coitada da mãe estivesse muito preocupada com a filha, que estava do?ente e aguardando para fazer algum ultrassom (essa foi a única explicação plausível que encontrei).
Mas, essa não é a única cena. Quantas vezes vemos pais e mães que nem sabem cuidar de seus filhos, só a babá sabe?!
Sei que muitos pais o fazem por necessidade, principalmente os profissionais autônomos, que não tem um garantia de licença maternidade. Não é todo mundo que tem uma mega licença maternidade como eu, que volto a trabalhar com Henrique já com 8 meses. Tem gente que tem carga de trabalho diária longa e tem logo que deixar seu filho com a babá ou na creche (que deve ser muito mais sofrido).
Mas, gente, mesmo se você passa o dia fora, quando chegar em casa, corre, aproveita seu filho, curte ele porque esse tempo passa logo e o amor que você semear agora, você colherá depois. E se você não der, talvez ele encontre em outros braços e você se arrependerá depois. Aí, pode já ser tarde, né?!
Bem, esse era meu pensamento. Ainda é, mas algumas coisas mudaram.
Eu não quis ter babá durante a licença. Ora, se eu precisasse de alguém para cuidar do meu filho, eu ia fazer o que? Realmente, eu não precisei, mas porque sempre contei com muita ajuda. Meus pais ajudavam sempre de manhã, enquanto estive em Garanhuns. E, quando cheguei em Recife, encontrei um anjo que me ajuda e me fez mudar de pensamento em relação às babás.
É difícil cuidar sozinha do filho. Por mais que meu marido ajude, ele tem plantões e não está sempre em casa. A rotina de mãe é cansativa demais. É difícil cuidar do bebê, ficar muito tempo sem trabalhar, ter pouco tempo para as amigas ou quase nenhum pra se arrumar. E ter alguém que lhe ajude nisso é bom demais.
Depois de uma noite exaustiva, pós vacina de 2 meses, eu não aguentei e fui dormir e deixei ele com Graça. Contratei Graça para me ajudar com a casa, mas ela já tinha sido babá e eu tinha ótimas referências e fui criando muita confiança.
Com o tempo, fui notando como Henrique estava louco por Graça. Dia após dia ele dava mais sinais. Se dá tão bem com ela, que se não posso ficar com ele, e Henrique está com Graça, fico tranquila.
Ele passou a sorrir para ela de um jeito lindo. E hoje em dia, quando ele a vê, agita as pernas pra andar! Tem dia que quando chega a hora dela chegar aqui em casa, ele começa a olhar pra porta! É muito fofo.
Dai, vendo todo esse amor dele por ela, refleti sobre todas as minhas posições (na verdade, meus medos) anteriores sobre babá! Sempre achei babá necessário, mas o problema era confiar totalmente e não sentir ciúmes.
Entendi que tudo que eu mais quero é que o amor dele por Graça aumente, que a relação seja muito duradoura e que ele não sofra com a dor da separação da babá! Algo que eu me lembro muito que sofri quando criança e mesmo tendo menos de 5 anos quando isso aconteceu comigo, tenho até hoje a imagem da babá indo embora e eu olhando da janela, com muito sofrimento.
Entendi que tudo que eu quero é que a babá do meu filho o ame e o trate com carinho. Que se assim for, estarei sempre tranquila.
Entendi que basta eu cumprir com meu papel de mãe, dar amor ao meu filho, brincar com ele, e não existirão motivos para eu ter ciúmes de Henrique. Aliás, ao contrário, se eu amo o meu filho, tudo que eu quero é que ele esteja bem, com alguém que ele goste, enquanto não está comigo. Só assim poderei trabalhar ou viajar tranquila.
Boa semana e beijocas.
1 comentários:
Adorei a postagem. Em um futuro próximo, tb passarei por isso!
Li, como sugestão: escreve depois algo sobre rotina para bebês!
Bjs!
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