Eu e meu marido sempre quisemos ser pais logo. Acho que
curti bem minha adolescência, achei o homem perfeito para ser pai dos meus
filhos e não queria esperar! Não queria esperar para ser mãe aos 35 "curtindo
muito a vida de casados", como a maioria das minhas amigas dizia. Aos 35? Quem
sabe o estado da minha coluna até lá? Além disso, eu não quero apenas um filho,
e o segundo viria quando, aos 38/40?
Eu não posso pensar em engatinhar aos 40...
além de disposição física para fazer tudo que tenho direito com meu filho, quero ter disposição física e mental para fazer com os netos! E ter filhos mais tarde seria, também, poder ir embora sem ver os meus
netos crescerem e isso eu não gostaria que acontecesse (sei que não depende da idade que eu tiver filhos, mas quanto mais tarde, mais difícil será).
Parece meio trágico meu
pensamento, mas trágico mesmo é pensar que filhos impedirão de curtir o
marido e a vida.
Não vejo problemas em ter filhos mais tarde, mas essa não foi a minha opção.
Não vejo problemas em ter filhos mais tarde, mas essa não foi a minha opção.
Ora, os primeiros meses são difíceis, mas também são meses de curtir a vida, o bebê, apenas a curtição é diferente, com mais
responsabilidade e muito mais amor.
A palavra família sempre significou muito pra mim. Meus pais
tiveram filhos cedo e isso não significa que eles não curtiram sua vida como
casal, ao contrário, na época da dureza financeira nós estávamos crescendo e
quando a vida econômica ficou estável, com a colheita do fruto do trabalho,
eles puderam viajar muito e nos deixar com a vovó ou simplesmente, e muitas vezes, nos levar juntos sem isso ser sinônimo de muuuuito trabalho.
Graças a Deus, meu marido sempre teve o mesmo
pensamento. Além disso, a profissão dele
impede que nesses primeiros anos de casado possamos viajar muito, então, já que
não poderemos fazer isso agora, é um bom momento para ter filhos! :)
Nós já tínhamos
experiência da vida de casados, experiência necessária antes de se ter um bebê
e bagunça-la um pouco! E já não éramos nenhuma criança, eu tinha 26 e ele 27. Nós conversamos muito sobre isso. Ele já queria filho há algum tempo, mas acho que essa é uma decisão que cabe muito mais à mulher. É algo que a
mulher tem que querer e não ser pressionada pelo homem, afinal é ela que terá
todas as mudanças no seu corpo, que terá sua vida profissional afetada.
Pai, se
quiser, não tem a vida afetada. Se quiser mesmo ser Pai (sim, se ele quiser!)
sua vida mudará, mas a nossa mudará muito mais. Eu vejo isso também pela maioria das conversas
sobre o assunto com o meu marido: Enquanto ele fazia cálculos com as tabelas
orçamentárias, eu pensava nas alterações para minha vida profissional, na pausa
ou interrupção nos estudos para concursos, nas mudanças de hábitos. Mesmo
assim, chegamos a mesma conclusão, nós queríamos ter um filho.
Suspendemos os métodos contraceptivos após o casamento
religioso, em 13 de outubro de 2012. Minha intenção era não contar pra ninguém,
uma forma de não ter pressão, nem censura. Pressão que poderia me deixar
emocionalmente frágil e prejudicar minha fertilidade (não sei se isso é fato,
mas sempre acreditei nisso). Censura porque, digamos, nossa vida não era tão
comum para um casal. Nós morávamos, há 1 ano, em cidades diferentes devido aos concursos que passamos. Isso era muito sofrido, mas decidimos enfrentar uma gravidez
nessa situação mesmo, pelo menos teríamos as férias e licença maternidade e
depois eu esperava que houvesse pouco tempo para voltarmos a morar juntos. E eu
não queria ninguém nos chamando de loucos e nos criticando por querer ter filhos nessa situação, então, não contar sobre as tentativas de engravidar era indispensável.
O incrível para nós é que menos de um mês depois descobri a
gravidez, mesmo tendo acabado de parar o anticoncepcional e estando com o ciclo
completamente alterado. Ainda bem que
nunca tinha descuidado da prevenção antes, porque “eita fertilidade boa”!! A
notícia pegou praticamente todo mundo de surpresa!
Se grávida eu já estava feliz com a decisão, agora, com Henrique com pouco mais de uma ano, tenho certeza de que fizemos a melhor opção e que filhos não impede de curtir a vida!
Claro que eu fiz
uma opção e tive que abdicar de algumas coisas (mas isso é assunto para outro
post), mas quando você sente o bebê mexer na barriga e depois ver o sorriso do seu filho, apenas tem mais certeza que a escolha foi certa.
A vida não dá uma pausa porque se tem filhos, ela ganha um novo, e muito melhor, sentido!
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