A gente se esforça para ser uma boa mãe, consegue acertar uma rotina. Sim acertar, não é impor, não é aceitar, é quase que um combinado das suas necessidades e da do bebê - não se iluda, muito mais a dele.
Daí você se sente um máximo, uma excelente mãe com um anjo nas mãos. Até que um belo dia, tudo muda, ele não aceita mais nada daquela rotina, parece chorar pra tudo que você faz! Você se desespera e pensa: "Onde eu errei?".
Provavelmente em lugar nenhum! Existem dias mais fáceis e outros bem mais difíceis. Seu bebê muda, descobre novas habilidades, as vezes precisa ficar mais tempo acordado pra descobrir o mundo, outros dias dormirá mais para descansar e recomeçar as descobertas. As vezes ele simplesmente sentirá um incômodo e não aceitará brincar e você, poderá nem sonhar qual esse bendito incômodo que transformou seu
anjo em um bebê chorão!
anjo em um bebê chorão!
As vezes são fases diferentes, como dias de impulso de crescimento, semanas de saltos de desenvolvimento.
Mas não se preocupe, as fases passam, os dias ruins também! E virão dias melhores em que você se sentirá uma ótima mãe novamente!!! Aproveite muito esses, curta demais, porque eles também passarão. É um ciclo constante, com bebê ou criança nada é tão estável e nada é tão duradouro, um consolo e um martírio.
Todo mundo passa por isso. Procure nos blogs, converse com outras mãe, ouça as babás, você não está sozinha! Desabafe nos momentos complicados e peça ajuda!! Lembre-se: a gente não ajuda ninguém se não está bem e cuidar do nosso filho não é diferente. Aliás, bem pior. Nos primeiros meses do bebê existe o que se chama de Simbiose entre a mãe e o filho.
Soou estranho?? Simbiose implica uma inter-relação de tal forma íntima entre os organismos envolvidos que se torna obrigatória (definição técnica do Wikipédia). Isso acontece também com a mãe e o bebê, afinal foram 9 meses dele vivendo na sua barriga e depois é muito tempo grudado. O bebê cria um vínculo emocional tão grande com sua mãe que acha que faz parte dela (e não faz, não?!!), como uma extensão do seu corpo (claro que toda mãe define a maternidade assim, mas os filhos aprenderão que não são uma extensão nossa - Aí que dor!).
A psicóloga Luciana Lopez Fescher, explica: "Estudos mostram que no intermédio do primeiro e o quinto mês de idade, a relação apresenta-se através da simbiose, ou seja, destacando o desenvolvimento emocional, em que a criança está unida à mãe em uma matriz única e indistinta - uma completando a outra: suprema perfeição. A mãe reconhece à distância o choro de seu bebê, seja este de fome, frio, ou necessidade de trocar a fralda. Ao passo que o bebê reconhece todas as características de sua mãe."
Por este processo incrível, o bebê sabe quando estamos estressadas, tristes, zangadas, e assim, fica muito mais difícil pra ele se acalmar com todos esses sentimentos, não é? É até por isso, que quando estamos assim, nossos maridos conseguem acalmar nossos filhos com muito mais facilidade! O que dá raiva e, por outro lado, alívio!
A primeira vez que soltei essa frase "Eu não consigo cuidar desse Bebê" em voz alta (afinal, pra mim mesma isso já tinha acontecido algumas vezes), foi uma vez que fiquei chateada com meu marido por falta de ajuda, quando Henrique tinha próximo de 5 meses. Não que ele não ajude, ele é um Paizão, mas ele não consegue dar um salto da cama quando preciso, correr quando quero de ajuda, entender a urgência que o chamo. Já expliquei várias vezes que quando peço ajuda estou no meu limite, então preciso dele imediatamente. Mas ele não entende porque eu não peço isso com todas as letras! Claro que não era só isso, estava estressada com problemas de mudança de cidade (isso é um problema constante na minha vida e algo que pretendo desabafar aqui em breve!), de TPM, insatisfeita com meu corpo após o parto e tudo isso era uma bomba relógio que podia explodir a qualquer tempo, porque o meu jeito de enfrentar tudo isso, naquele momento, era não pensando em nada disso. Mais aí, a bomba relógio explodiu. Pra piorar queimei o almoço de Henrique e o segundo, feito as pressas, ficou tão ruim que ele não quis comer! Não aguentei, assim que meu marido chegou ao lado de Henrique, eu sai da mesa tentando me controlar para não chorar, deixando Henrique no cadeirão e disparei: "Eu não consigo cuidar desse menino".
Nossa, como dizer essa frase me doeu. Corri pro quarto e chorei tudo que eu tinha pra chorar! Lavei o rosto e voltei pra cuidar dele. Desabafei com meu marido! Ele compreendeu tudo, foi um amor. E eu aliviei, me acalmei. Eu sei, eu sou a melhor mãe que posso ser! E o que aconteceu com Henrique? Voltou a ser um anjo, mudou o humor na mesma hora, ficou brincando feliz da vida!
Nesse dia, compreendi bem porque meu marido o acalmava melhor nos dias de cólicas, nas dores após a vacina. Porque eu ficava cansada e estressada ao vê-lo sofrer e, meu marido, não sei se porque é homem ou porque é médico, se mantinha muito mais sereno e transmitia essa calma para Henrique.
Nesse dia, compreendi bem porque meu marido o acalmava melhor nos dias de cólicas, nas dores após a vacina. Porque eu ficava cansada e estressada ao vê-lo sofrer e, meu marido, não sei se porque é homem ou porque é médico, se mantinha muito mais sereno e transmitia essa calma para Henrique.
Então, mamães, tentem se manter bem, porque se há alguém que pode lhe impedir de ser uma boa mãe é você mesma! Você precisa estar bem e faça isso da melhor forma pra você, pode ser reservando um dia para encontrar amigas e desabafar, fazer uma massagem, cortar o cabelo, tomar aquele banho demorado e relaxante, sair sozinha para tomar um café! Encontre uma forma de se distrair, de desopilar. Não ache que só aproveitando o tempo livre pra dormir você estará relaxando. Sua mente precisa de distração também para descansar de toda a rotina árdua que é cuidar de um bebê.
E saia sem peso na consciência, porque tirando um tempo para cuidar de você mesma, você também estará cuidando do seu bebê.
Beijocas.
4 comentários:
Nossa amiga, só agora tive tempo de ler esse post, e amei. Como me identifico, quantas vezes chorei sozinha e pensava: meu Deus, como vai ser?! Eu nunca vou conseguir conciliar minha vida com essa rotina cansativa...e para piorar meu bb sempre foi chorão e nunca dormiu bem. Imagina como vivia estressada...e ainda vivo em alguns momentos atuais. Concordo em gênero, número e grau quando vc diz que não basta dormir, apesar de acharmos que isso resolve tudo, mas precisamos mesmo sair para fazer outras coisas e sair sem culpa. Eu acredito que a palavra de ordem é essa SEM CULPA. Precisamos mesmo estar bem para darmos conta de tudo e todos. Não adianta ficar o tempo integral com seu filho estando insatisfeita, se sentindo feia, estressada. Isso não é qualidade de vida para ninguém e o nosso bebê sente isso e se estressa junto, deixando o quadro ainda mais caótico. Mas tudo passa e nas horas de cansaço nos tornamos intolerantes e falamos o que nem sentimos de verdade. Estamos juntas amiga. Amei o post. Muito sincero e corajoso.
Não sou mãe ainda, mas imagino o qto deve ser difícil algumas vezes!!! Mas não conheço melhor mãe no mundo (tirando a minha!!!!) !! Quero chegar perto de como vc é c Henrique qd eu tiver o meu!!! Bjo
Te amo MT Amarela!
Carla França
Vivi, obrigada! Estamos juntas sim! Desde novembro Henrique não dorme bem e me preocupo como será quando eu voltar a trabalhar! Beijos.
Oh Carla, você será uma mãe maravilhosa, você vai ver! Beijos!!
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